Petrobras deve retomar operação na fábrica de fertilizantes no Paraná

A Petrobras deverá terminar ainda neste mês estudo de viabilidade econômica para a retomada da unidade industrial de fertilizantes nitrogenados do Paraná (Ansa), o que deverá marcar a reentrada da companhia no segmento, afirmou nesta sexta-feira o presidente da companhia, Jean Paul Prates.

A expectativa é que, ao ser tomada a decisão, a operação da Ansa- subsidiária responsável pela Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR)- possa ser iniciada em cerca de oito meses, segundo o executivo. A Ansa está hibernada atualmente e tem capacidade de produção de 1.975 toneladas por dia de ureia e 1.303 toneladas por dia de amônia.

“Esse passo, embora pareça pequeno, é muito importante porque ele representa a reentrada da Petrobras na fabricação de fertilizantes”, disse Prates.

A Ansa, segundo executivos da Petrobras, tem uma vantagem competitiva de que não precisa do gás natural como matéria-prima e está localizada ao lado da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), podendo aproveitar sinergias.

A Petrobras tentou vender a unidade anteriormente, com o processo chegando à fase vinculante, mas as negociações não chegaram a ser concluídas.

Prates afirmou que a empresa também avalia investimentos em outras unidades de fertilizantes, e que o retorno da empresa para o segmento seguirá uma ótica “modernizada” e em linha com a “sustentabilidade”.

Retomada estratégica

O executivo destacou que o investimento em fertilizantes ganhou importância estratégica para o Brasil e para a companhia, após uma crise de abastecimento gerada com a guerra na Ucrânia.

“A gente se viu bastante vulnerável em relação a esse insumo importante para a nossa produção agrícola. Nós temos competitividade, temos condição de buscar novas oportunidades, outras fábricas de fertilizantes baseadas no gás também estão sendo analisadas.”

A retomada de investimentos em fertilizantes, segundo Prates, será feita com “muita consciência e muita certeza de que é um negócio estratégico, principalmente na transição energética”.

Com informações da Moneytimes

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