“Parcelamento sem juros é o único acesso da imensa maioria da população a bens de consumo duráveis”, afirma Gleisi

Em defesa do consumo sustentável para fortalecer a atividade econômica, 11 entidades ligadas ao varejo lançaram, na terça -feira (21), um movimento pelo parcelamento sem juros do cartão de crédito. A campanha, entitulada, “Parcelo Sim”, argumenta que a utilização da modalidade é um dos maiores aliados dos consumidores brasileiros nas compras, seja de bens duráveis, como os eletrodomésticos, seja de itens essenciais do do dia a dia, como medicamentos.

“Todos sabem que o Parcelado Sem Juros ajuda muito o brasileiro a conseguir conquistar seus sonhos”, diz o texto do site da campanha, www.parcelosim.com.br. “Também é importante para quem passa por um momento de dificuldade e precisa parcelar”, afirmam as entidades. Tem gente querendo mexer no Parcelados Sem Juros. Não deixe que isso aconteça. Participe do nosso abaixo-assinado e ajude a salvar esse direito dos brasileiros”, convocam os representantes do varejo.

A iniciativa recebeu o apoio imediato da presidenta do PT Nacional, Gleisi Hoffmann (PT-PR). “Muito importante o movimento das entidades do varejo para preservar o direito das pessoas fazerem compras parceladas no cartão de crédito”, escreveu a deputada, em suas redes sociais.

“O parcelamento sem juros é o único acesso da imensa maioria da população a bens de consumo duráveis, fundamental para as pessoas e para o giro da economia em nosso país”, lembrou Gleisi. “Isso não se confunde com os juros abusivos do crédito rotativo, que o Congresso está tratando de limitar. Só pessoas que não pensam no país defendem o fim do parcelamento sem limites”, ponderou.

Segundo o manifesto das entidades, a modalidade de pagamento “ajuda 200 milhões de brasileiros todos os dias: quem precisa trocar o smartphone por um modelo novo para trabalhar, quem precisa comprar móveis e eletrodomésticos novos depois de um imprevisto, quem tem o sonho de dar uma TV nova para a família”. “Mas não é só isso”, insistem as entidades. “Muita gente usa o Parcelado Sem Juros para comprar remédios, uma necessidade que não pode ser adiada”.

Parcelado é adotado por maioria esmagadora da população

A modalidade do parcelado tem sido uma constante na rotina dos brasileiros independente do momento macroeconômico do país. Segundo o instituto Datafolha, 75% da população faz uso dela. Já a Confederação Nacional do Comércio (CNC) aponta que 90% dos varejistas também utilizam o pagamento parcelado.

Por isso, o Instituto Locomotiva, cujos dados sobre consumo subsidiam o manifesto dos varejistas, alerta que o fim da modalidade acarretará em uma redução de gastos pela metade para pelos menos 42% dos consumidores. “A mesma pesquisa [do Instituto] mostra que 115 milhões de brasileiros só conseguiram realizar seus sonhos até hoje com ajuda dessa modalidade de pagamento”, advertem as entidades.

O manifesto se contrapõe a uma ofensiva dos bancos, que usam o argumento de que o parcelado aumenta a inadimplência e que, por isso, é preciso limitar o parcelado para, com isso, reduzir as altas taxas do crédito rotativo. Não há, no entanto, levantamentos que apontem para uma relação de causa e efeito entre o uso do parcelado e o aumento da inadimplência.

Leia o manifesto completo abaixo e acesse o site para assinar a petição aqui.

Em defesa do Parcelado Sem Juros

O Parcelado Sem Juros (PSJ) do cartão de crédito é uma das mais importantes ferramentas de concessão de crédito do Brasil. Ele ajuda 200 milhões de brasileiros todos os dias: quem precisa trocar o smartphone por um modelo novo para trabalhar, quem precisa comprar móveis e eletrodomésticos novos depois de um imprevisto, quem tem o sonho de dar uma TV nova para a família. Mas não é só isso. Muita gente usa o Parcelado Sem Juros para comprar remédios, uma necessidade que não pode ser adiada. Tem gente que parcela a compra do mercado para levar comida para casa. O PSJ é uma conquista dos brasileiros e faz parte do nosso dia a dia.

De acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC), essa modalidade de pagamento é adotada por 90% dos varejistas e, segundo o Datafolha, 75% da população faz uso dela. O que pouca gente sabe é que estão tentando mexer nele e limitar esse direito do consumidor. Se isso acontecer, 42% das pessoas reduzirão seus gastos pela metade, segundo o Instituto Locomotiva. A mesma pesquisa mostra que 115 milhões de brasileiros só conseguiram realizar seus sonhos até hoje com ajuda do PSJ.

Criamos esse movimento com objetivo de preservar uma conquista que é nossa. Essa campanha é para todos nós. Manifeste-se contra as mudanças no PSJ e a favor dos seus direitos. Parcelo Sim!

Assinam o manifesto:

Associação Brasileira dos Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad)

Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel)

Associação Brasileira dos Lojistas Satélites de Shoppings (Ablos)

Associação Brasileira de Academias (Acad)

Associação de Lojistas do Brás (Alobras)

Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL)

Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP)

Parcele na Hora

Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor)

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae)

União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências (Univinco)

Agência PT, com informações da Folha de S. Paulo

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