“Eu quero paz e amor. O Lulinha Paz E Amor voltou com força total”, avisou Lula, na noite desta quinta-feira (22), ao participar do programa Candidatos com Ratinho, no SBT. E a postura do ex-presidente tem um só objetivo: devolver a tranquilidade e, consequentemente, uma boa vida para as brasileiras e os brasileiros.
Além de apostar na distribuição de livros e na criação de mais vagas em universidades e não na distribuição de armas, Lula espera devolver a paz retomando o diálogo, coisa que Jair Bolsonaro se mostrou incapaz de fazer em quase quatro anos de governo.
Para Lula, o presidente deve ser capaz de conversar com todos, sejam prefeitos e governadores de outros partidos, sejam empresários do agronegócio ou trabalhadores sem-terra. “A gente vai ter paz nas cidades, vai ter paz no campo e as famílias vão voltar a comer”, garantiu.
Comida farta e barata
Lula afirmou que é possível abaixar o preço dos alimentos. “Já fiz isso. Sou o único dos candidatos que posso dizer que vou fazer porque já fiz”, ressaltou.
“É possível reduzir o preço da comida, e o primeiro passo é aumentar a produção. Você está lembrado, quando veio a crise de 2008, eu criei um programa chamado Mais Alimentos, para financiar tratores e implementos agrícolas. Vendemos 80 mil tratores e milhares de caminhões pequenos”, recordou.
E lembrou que, embora seja muito importante, não foi o Bolsa Família que melhorou a situação do povo. “Não foi o Bolsa Família que resolveu a situação do Brasil, foi o salário mínimo aumentar todo ano, foi a gente fazer política de financiamento, foi fazermos o maior programa habitacional deste país (o Minha Casa Minha Vida)”, citou, prometendo trazer tudo isso de volta.
É assim que a vida da população vai melhorar. “Quem está assistindo a gente sabe que vivia melhor, que passeava melhor, que viajava de avião. Quando o povo começou a viajar de avião, nossos adversários diziam ‘ah, o aeroporto virou uma rodoviária, tá cheio de pobre’. E é isso que eu quero, que as pessoas viajem, que possam comer, beber, se vestir bem. É para isso que você vira presidente”, disse.
“Hoje, a pessoa vai no açougue querendo comer picanha, mas só pode comprar coxão duro. Comer uma picanha, com aquela capinha de gordura, passada na farinha, com uma cervejinha gelada, é tudo que o povo quer. O povo gosta de coisa boa”, completou.
Preço alto na pandemia
Lula disse que seu desejo é “construir um mundo mais harmonioso” e lembrou que a forma de Bolsonaro governar, com base nas brigas e no ódio, fez o Brasil pagar um preço muito alto na pandemia. “A gente poderia ter diminuído em 400 mil o número de mortes se ele tivesse feito a coisa certa e dividido responsabilidade. Mas ele foi brigar e xingar governadores”, observou Lula.
“Bolsonaro poderia ter montado um comitê de crise, poderia ter ouvido a Saúde e os secretários de Saúde dos estados brasileiros, e comprado a vacina na hora certa. O Brasil foi um dos primeiros países a receber oferta de vacina, e ele não comprou porque não acreditava na vacina”, denunciou.
E lamentou a postura do homem que presidia o Brasil num momento tão delicado. “Ele zombava da pandemia, ele brincava. Uma estupidez. Tem gente que acha que ser ignorante é bonito, e não é. Ele errou, lamentavelmente.”
“Compareça às urnas e deposite amor”
Por isso, Lula pediu que, no próximo 2 de outubro, as pessoas não deixem de votar, afinal escolher nossos governantes é fundamental para colocarmos o Brasil no caminho que desejamos.
“Faltam poucos dias para as eleições e eu queria que vocês comparecessem. Você que acha que vai se abster, que acha que não gosta de ninguém, por favor, vá para a urna e escolha quem você acredita que vai consertar este país”, pediu.
E concluiu: “Vote para você ter o direito de reclamar, de xingar, de cobrar. Se você não for votar, vicie não vai poder cobrar nada de ninguém. É importante que você assuma a responsabilidade por esse Brasil. Ele será da qualidade que você quiser, do tamanho que você quiser e tão bom quanto você quiser. Por isso, no dia 2 de outubro, compareça às urnas e deposite amor, esperança, e não ódio naquela urna”.