Liberdade de imprensa: Brasil sobe dez posições em ranking mundial

A deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) comemorou a melhora do Brasil no ranking global de liberdade de imprensa. Segundo levantamento da entidade Repórteres Sem Fronteiras, divulgado nesta sexta-feira (3), o Brasil subiu 10 posições.

“Depois de quatros anos de um governo que defendia a censura e a ditadura, ameaçava a liberdade de expressão e vivia de bravatas, finalmente o Brasil ganhou 10 posições no ranking global de liberdade de imprensa, segundo o Repórteres Sem Fronteiras. Bastou um ano de Lula para melhorarmos a relação entre jornalistas e Executivo. E vai melhorar ainda mais, pois somos os verdadeiros defensores da democracia e da Constituição, que diz o seguinte: “é vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística” e que “nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço a plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social”. Viva a liberdade de expressão! Viva o Brasil”, postou a deputada em suas redes sociais.

O relatório destaca dois motivos para a mudança positiva no ranking mundial que elevou o Brasil para a 82ª posição entre 180 países pesquisados.

O primeiro deles é a superação do governo Bolsonaro, marcado pela afronta à democracia e à liberdade de expressão e pela defesa da ditadura militar. Outra razão apontada para a mudança é a melhoria da relação dos jornalistas com o Executivo Federal, situação oposta a postura agressiva e desrespeitosa do governo anterior.

Hoje falso crítico da censura, Bolsonaro notabilizou-se por inúmeros casos de agressão a profissionais da imprensa, em especial a jornalistas mulheres.

Em 2021, as empresas jornalísticas do país retiraram seus profissionais do “cercadinho” em que Bolsonaro concedia “entrevistas”, devido às agressões do próprio presidente e de seus apoiadores.

Em seu mandato, Bolsonaro também lançou mão do clandestino “gabinete do ódio” para atacar, agredir e difamar adversários políticos, lideranças sociais jornalistas nas redes sociais.

Segundo a entidade, o Brasil era considerado de “situação difícil” para a imprensa porque Bolsonaro “atacou sistematicamente jornalistas e meios de comunicação durante todo o seu mandato”.

“O Brasil tem confirmado expectativas de um cenário mais favorável para o exercício do jornalismo, na comparação com o governo Jair Bolsonaro”, disse Artur Romeu, diretor do escritório da entidade para a América Latina, em matéria publicada pela Folha de S. Paulo.

O exemplo do Brasil, no entanto, não reflete a realidade mundial, sob ameaça da ultradireita e do uso criminoso das redes sociais para espalhar mentiras nas sociedades.

De acordo com o relatório, é crescente o uso de campanhas massivas de desinformação, por parte de autoridades, para aumentar a desconfiança da sociedade na imprensa.

Com informações da Agência PT

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