Os governos do PT sempre priorizaram o combate à violência contra a mulher. Durante as administrações petistas, foram elaboradas as principais políticas de enfrentamento a esse tipo de violência, como a Casa da Mulher Brasileira, criada pela ex-presidenta Dilma Rousseff.
Esse projeto fez parte do programa “Mulher: Viver sem Violência”, que passou a integrar todos os serviços públicos de segurança, justiça, saúde, assistência social, acolhimento, abrigamento e orientação para trabalho, emprego e renda para as mulheres. Coordenado pela então ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, a iniciativa também contou a participação da deputada Gleisi Hoffmann. “Tive o prazer de participar de sua elaboração como ministra-chefe da Casa Civil”, conta.
O projeto pretendia implementar uma casa em cada estado brasileiro até 2018, mas desde o golpe de 2016, o programa tem sofrido desmontes. Antes do golpe parlamentar sofrido por Dilma, ela finalizou a construção de três Casas da Mulher Brasileira, em Mato Grosso do Sul, Paraná e Distrito Federal, porém o governo golpista de Temer não deu continuidade, e agora com Bolsonaro e a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, que já mostrou não reconhecer a realidade das mulheres no país, o programa continua sem receber investimentos. Durante uma audiência da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher na Câmara dos Deputados, Damares disse que é impossível manter o programa pelo ministério porque não há como custear.
Para a ex-ministra do governo Dilma Rousseff, Eleonora Menicucci, a decisão da ministra é lamentável para as mulheres que necessitam desses serviços. “Não priorizar uma política pública fundamental que enfrenta, combate e acolhe as mulheres vitimas de violência é porque para este governo a permissão para matar se tornou prioridade. Nos nossos governos investimos no total mais de 360 milhões no combate à violência porque para nós a vida das mulheres importam e a violência doméstica e sexual é uma violação dos direitos humanos”, afirmou Eleonora.