Cerca de 120 mulheres Sem Terra do Paraná protagonizaram a primeira audiência de negociação de 2023 com o INCRA, na sede estadual do órgão, em Curitiba. A ação faz parte da Jornada de Lutas das Mulheres Sem Terra.
Na plateia, camponesas vindas de todas as regiões do estado traziam em comum a urgência na consolidação das 83 comunidades ainda em condição de acampamento no estado. A pauta de reivindicações foi apresentada pelas companheiras Dilce Noronha e Jocelda Oliveira, da direção estadual do MST.
“Que sejam suspensas todas as reintegrações de posses previstas para um período próximo, considerando que todas essas ocupações estão consolidadas em todos os aspectos da vida humana e são passíveis de destinação para reforma agrária”, dizia um trecho do documento entregue às autoridades.
Ao todo, 7 mil famílias Sem Terra vivem em acampamento. A maior parte das áreas têm de 10 a 20 anos, mas há casos de até 35 anos de demora da efetivação da reforma agrária.
Mirian Maria Kuntath, integrante do Setor de Educação do MST-PR, falou sobre a urgência da sessão das áreas para a construção e formalização de escolas e colégio do campo, a retomada de cursos do Pronera, entre outras pautas.
O superintendente substituto do INCRA-PR, Nilton Bezerra Guedes, garantiu que irá trabalhar pela criação dos assentamentos: “Nós temos que juntar as forças para combater isso. Queremos deixar como marca a regularização dos assentamentos”.
Também participaram da audiência a deputada estadual (PT) Luciana Rafagnin; Josiane Santos (Câmara de Conciliação Agrária do Incra), Valmir Zem (chefe da divisão de Desenvolvimento e Consolidação de Assentamentos do Incra), Luciano Balemberg (chefe substituto da Divisão de Governança Fundiária do Incra) e Claudinei Chalito da Silva (engenheiro agrônomo do Incra).
Da Página do MST Paraná